Londres - por onde começar?
Bom, vou começar do começo pra explicar onde eu me encontro hoje!
É o meu lugar preferido no mundo - é uma cidade linda, bem estruturada e onde eu fui muito feliz. Eu mudei pra Londres quando eu tinha 19 anos. Morei lá por 5 anos - indo e vindo, mas ao todo 5 anos. Lá, eu vivi de tudo, trabalhei bastante, viajei, vivi um amor. Namorei por 4 anos e meio - indo e vindo, mas ao todo 4 anos e meio! rs Hoje eu olho pra trás e penso em Londres com muito carinho e muita saudade. Eu voltei uma vez pra lá depois que mudei de volta pro Brasil em 2011, fui com a minha mãe - uma viagem maravilhosa, claro. Porém, não tive um reencontro com o meu passado - não revi pessoas e nem lugares que costumava ir - foi mesmo uma viagem turística - o que também foi bom, porque quando você mora no lugar, você acaba nem conhecendo tanto esse lado. Pois bem, esse reencontro com o meu passado é uma coisa que agora, eu quero ter! Quero rever lugares, quero rever pessoas. A gente sempre fica pensando, como seria se, o que aconteceria se, o que eu sentiria. Eu não quero mais ficar pensando e imaginando. Eu quero saber, eu quero viver.
Toda essa história da cirurgia, da doença, me fez entender que quando a gente quer uma coisa a gente tem que ir e fazer! Não porque eu ache que meu tempo é curto, que eu vá morrer, não é nada disso. Simplesmente, vida é uma só e o tempo é precioso. Pra todo mundo. Há um mundo lá fora. Um mundo enorme, cheio de coisas novas, que só fazem a gente crescer, por dentro e por fora. A cada viagem você volta diferente. Melhor!
Os médicos disseram que não recomendam que eu viaje agora, pois eu posso passar mal de repente, precisar de um hospital e talvez não ter a assistência que eu precise em um outro país. Eu ouvi, claro, e levei muito em consideração, afinal eu não quero me colocar em uma situação de risco. Porém eu tenho passado bem ultimamente - acredito que ter parado de trabalhar, já que eu trabalhava muito, ter diminuído consideravelmente minha vida social, saber os meus limites já fizeram diferença. E também me adaptei bem com a nova medicação.
A grande questão aqui é que quando eu entrar oficialmente pra fila de transplante eu não vou poder estar a mais de duas horas de distância do hospital responsável, no caso, o INCOR. Eu posso ficar na fila um, dois, três anos, sei lá. Ou quem sabe um mês. Sinceramente não sei qual é mais assustador. Mas a questão é que eu acho que essa viagem pro meu passado vai me fazer bem, simplesmente porque eu quero muito.
Amanhã é um dia muito importante, pois tenho consulta com meu cardiologista, com a equipe do transplante, com a psicóloga - pacote completo. Então vou tomar minha decisão final amanhã, pós consultas. Mas já posso adiantar que eu vou me empenhar nessa viagem. Eu confio em Deus, eu confio na Vida, e o que tiver que ser, será!
London, here I come?!
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